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22 de abr. de 2012

Unificações Tardias: Itália e Alemanha

Entre os séculos XIV e XVI, em várias regiões da Europa houve forte centralização do poder. Comandado pelos reis, esse processo deu origem às monarquias absolutas e foi responsável pela formação dos Estados Modernos. Posteriormente, esses Estados passaram por profundas transformações. Em todos eles, o regime de poder altamente centralizado foi substituído por formas constitucionais de organização de governo. Mas a unidade do território sobre o qual o poder público exercia sua soberania desde a época das monarquias absolutas continuou sendo uma das bases mais sólidas para a formação dos atuais Estados europeus. Até meado do século XIX, duas grandes regiões da Europa, com relativa identidade cultural, ficaram à margem do processo de unificação: a península Itálica e os reinos e principados que haviam sido dominados pelo antigo Império Romano-Germânico. No decorrer da segunda metade do século XIX, porém, um vigoroso nacionalismo começou a se afirmar nas duas regiões. Como consequência, os interesses nacionais acabaram prevalecendo sobre as diferenças políticas, sociais e culturais, o que tornou possível, nos dois casos, unir povos muito diferentes na tarefa comum de construir novas nações(DIVALDE, 2004). Unificação italiana Na primeira metade do século XIX a atual Itália encontrava-se dividida politicamente, abrigava pequenos Estados, alguns com certa autonomia, mas grande parte submetida ao domínio austríaco. Em 1831, Giuseppe Mazzini fundou o movimento Jovem Itália que desejava um levante popular contra o domínio estrangeiro e também contra os Estados da Igreja. A partir de 1848 inicia-se a luta direta em favor da unificação, no entanto com duas correntes. De um lado os republicanos encabeçados por Giuseppe Garibaldi e de outro, os monarquistas liderados pelo primeiro-ministro de Piemonte-Sardenha. Conde Cavour. Os monarquistas iniciaram o processo de unificação a partir do norte da península itálica lutando contra o domínio austríaco, com apoio de Napoleão III da França que retirou esse apoio quando a luta pela unificação alcançou Roma. Pelo sul da península partiu Giuseppe Garibaldi com seu exército de revolucionários, os camisas vermelhas, que conquistaram diversas regiões como as Sicílias e os Estados Pontifícios. Vitor-Emanuel II foi proclamado rei da Itália em 1861, mas a Itália não estava totalmente unificada, Veneza foi conquistada em 1866 e Roma apenas em 1870 (vale lembrar que Napoleão III retirou seus soldados que protegiam Roma em virtude da eclosão da Guerra Franco-Prussiana). Em 1871 Roma se tornou a capital da Itália. Mas a unificação não significou o fim dos problemas, temos a Questão Romana. Com o processo de unificação concluído, o papa Pio IX declarou-se “prisioneiro” do Estado italiano, questão resolvida apenas em 1929 com o Tratado de Latrão realizado entre Mussolini e papa Pio XI, quando foi criado o Estado do Vaticano, dentro de Roma. Unificação Alemã Na Alemanha, o processo de unificação seguiu outro rumo. Um passo importante foi a criação de uma aliança aduaneira e comercial, chamada Zollverein. Essa aliança foi criada em 1834 sob liderança da Prússia (industrial, visava o estabelecimento de um Estado Germânico unificado), não incluía a Áustria (monarquia agrária, sem muitos vínculos com a industrialização). O estabelecimento dessa aliança aduaneira dinamizou o capitalismo prussiano, permitindo a ampliação do seu parque industrial, construção de uma malha ferroviária grandiosa, modernizou a sua economia. A partir de 1861, com a coroação de Guilherme I e a liderança de Otto von Bismarck (chanceler da Prússia) a ideia de unificação ganha forma. “A Alemanha será forjada a ferro e fogo” dizia Bismarck. Ferro a partir da sua força industrial que ganhou impulso com o zollverein e a frente desse processo estava a Prússia, assim como no caso do fogo, onde a Prússia participou de diversos conflitos os quais tem uma importância crucial no processo de unificação. Em 1864 temos a Guerra dos Ducados entre Prússia e Dinamarca disputando os ducados de Holstein e Schleswig, com maior parte da população sendo alemã. Logo na sequência em 1866 temos a Guerra Austro-prussiana, também chamada de Guerra Civil Alemã ou Guerra das Sete Semanas onde a Prússia disputou com a Áustria a administração dos ducados anexados no conflito anterior, com esse novo conflito, os Estados do norte da Alemanha foram unificados. Como último passo restava apenas a anexação dos Estados do sul, para isso Bismarck forçou a guerra contra a França, era a Guerra Franco-prussiana, onde os estados alemãe, agora unificados venceram os franceses. Ao final da guerra o governo francês se viu obrigado a arcar com uma dívida de guerra de 5 bilhões de francos e ceder os territórios de Alsácia e Lorena, áreas extremamente ricas em minério de ferro e carvão. Surgiu assim uma nova potência no continente europeu capaz de abalar o equilíbrio do velho mundo, elementos que levaram ao primeiro conflito mundial.

9 comentários:

Bolha Assassina disse...

Nossa,obrigada ^^...me salvou!

Unknown disse...

ótimo conteúdo!

Unknown disse...

espero q me ajude na prova de segunda !

Unknown disse...

Muito bom

Unknown disse...

Valeu. Fiz uma introdução top

Unknown disse...

Espero que me ajude na prova de segunda.

Unknown disse...

Vlw.....

Unknown disse...

dormi no meio

Harriet John disse...

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