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31 de out. de 2009

23 de ago. de 2009

Regimes Totalitários e II Guerra Mundial


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Situação européia

  • Efeitos da 1ª Guerra Mundial.
  • Problemas causados pela crise do capitalismo.
  • Incapacidade da Democracia Liberal em resolver seus problemas.
  • Avanço de idéias de esquerda.

Características do Fascismo

  • Totalitarismo: nada deve vir acima do estado, que tem o controle absoluto.
  • Nacionalismo: a nação é a mais perfeita forma de sociedade que a humanidade conseguiu construir.
  • Militarismo: fortalecimento dos exércitos para a defesa e o expansionismo.
  • Antiliberalismo: ausência de liberdade sindical, econômica e de imprensa.
  • Idealismo: nada era impossível.
  • Anticomunismo: aversão ao comunismo.
  • Expansionismo: incorporação de territórios.
  • Uma das características do Fascismo é a exaltação do chefe, segundo a qual um grande povo necessita de um grande homem como guia e a ele deve-se total obediência. Na Itália, Mussolini foi considerado o Dulce, o condutor. Em muitos lugares, inclusive nas salas de aula, figurava a seguinte frase: Mussolini nunca erra.


Fascismo Italiano

  • Situação da Itália após a 1ª Guerra – crise econômica, desemprego, miséria e inflação. Governo incapaz de deter a crise. Agitações, greves e avanço de idéias de esquerda atemorizavam a burguesia.
  • Mussolini, ex-combatente da 1ª GM e ex-socialista organizou os fascios de combate (1919) grupos de choque para por fim às manifestações.
  • 1921 foi fundado o Partido Nacional Fascista.
  • 1922 – Marcha sobre Roma, onde milhares de partidários se direcionaram para a capital.
  • Vitor Emanuel III entrega o cargo de 1° ministro para Mussolini.
  • 1924 – fascistas ficaram com a maioria das cadeiras do Parlamento iniciando uma grande repressão contra opositores.
  • 1925 – Mussolini se torna o Dulce, concretizando o Estado fascista que pregava a harmonia entre patrão e empregado com o desenvolvimento do ideal corporativista. Trabalhadores organizados em sindicatos, governavam o país através do Partido fascista, identificado com o Estado
  • 1929 – Tratado de Latrão
  • Crise de 1929 – atinge a Itália. Para tentar superá-la, aumentou a produção de armamentos e para a expansão territorial.
  • 136 – Itália invadiu a Abissínia (Etiópia). A Sociedade das Nações, nada fez.
  • Mussolini aliou-se à Alemanha e ao Japão em diversas questões internacionais, como o Pacto Anti-Komintern.

Nazismo

  • Fim da 1ª GM e Tratado de Versalhes.
  • Desemprego, inflação, violência e um profundo descontentamento.
  • 1918 – criação da República de Weimar
  • 1919 – foi fundado o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. A frente dele estava Adolf Hitler, nacionalista que conquistou um grande número de adeptos.
  • Organização das AS, ou Tropas de Assalto, grupos para-militares que intimidavam e perseguiam seus opositores.
  • 1923 – Putsh de Munique – tentativa de golpe fracassado, Hitler acaba preso.
  • Na prisão escreve Mein Kampf (Minha Luta) onde expôs os fundamentos do Nazismo – Nacionalismo, totalitarismo, anticomunismo, antisemitismo e o espaço vital.
  • 1924 – a Alemanha começa a se estabilizar – capitais estrangeiros.
  • 1929 – Crise
  • 1930 – grande vitória nazista nas eleições, três anos depois Hindenburg nomeou Hitler Chanceler – o Nazismo chega ao poder.
  • Em 1934 com a morte de Hindenburg, Hitler ocupa o cargo de presidente e adotou o título de Führer anunciando a fundação do III Reich.
  • Através de uma bem organizada propaganda, liderada por Joseph Goebbels, a sociedade alemã e, principalmente, a juventude sofriam uma forte doutrinação.
  • O Estado nazista intervinha em todos os setores da economia, promovendo o crescimento industrial e a construção de obras públicas (absorves mão-de-obra).
  • O desenvolvimento industrial levou a busca por mercados consumidores e a expansão territorial.

Outros exemplos de Fascismos
  • Salazarismo: fascismo em Portugal através de Antonio de Oliveira Salazar, um governo iniciado em 1933 que teve seu termino apenas em 1974 com a Revolução dos Cravos.
  • Franquismo: após uma vitória eleitoral de grupos de esquerda ocorreu um golpe de estado liderado por Francisco franco, iniciando uma guerra civil na espanha. É interessante citar o apoio Alemão às forças fascistas da Espanha. O Franquismo durou até 1975.
  • Ação Integralista Brasileira: liderada por Plínio Salgado, contou com o apoio de diversos setores da sociedade. Foi uma adaptação das idéias fascistas ao contexto brasileiro.

II Guerra Mundial
(1939 - 1945)
  • Mundo em depressão.
  • Ineficiência da Sociedade das Nações.
  • A busca pelo Espaço Vital – a integração das populações alemãs que viviam na Austria, Sudetos e em Dantzig na Polônia. Os sudetos foram anexados por Hitler e reconhecidos pela Inglaterra e França na Conf. De Munique. Mas é a invasão da Polônia que serve como estopim para a Guerra.
  • Blitzkrieg – guerra-relâmpago com a ocupação da Dinamarca, Noruega, Bélgica e Holanda. O sucesso de Hitler promove o afastamento de Chamberlain que foi substituído por Winston Churchill.
  • Tanques alemães rompem a Linha Maginot e em junho de 1940 ocorre a invasão de Paris. Inicio da resistência francesa com o Gen. De Gaulle a frente dela.
  • Em 1941 (após conquistar a Grécia, Bulgária e Iugoslávia) Hitler se volta contra a URSS em 1941. O inverno rigoroso e a resistência dos soviéticos obrigaram os alemães a recuar.
  • 7 de dezembro de 1941 – ataque japonês em Pearl Harbour – EUA entra na guerra.
  • A partir de 1942 os aliados passaram a obter várias vitórias. EUA forçam os japoneses a recuar, no norte da África os ingleses vencem os alemães assim como os soviéticos derrotam as forças nazista em Stalingrado.
  • Nesse mesmo ano navios brasileiros são afundados por submarinos alemães.
  • 1943 – aliados desembarcam na Sicília. Vitor Emanuel III destituiu Mussolini do cargo de 1° ministro, este refugiou-se no norte da Itália onde resistiu até 1945.
  • 6 de junho de 1944 – desembarque na Normandia (Dia D). Iniciava-se a decadência da Alemanha.
  • 2 de maio de 1945 aliados chegam em Berlim. No dia 8 a Alemanha assina o armistício.
  • A guerra no pacífico durou até o lançamento das armas nucleares em Hiroshima e Nagasaki. O Japão se rende em 15 de agosto de 1945. está terminada a 2ª Guerra Mundial.

Acordos de Paz

  • Conferência de Teerã (1943): Stálin, Churchill e Roosevelt – planos sobre a Normandia e direitos da URSS sobre o Leste Europeu.
  • Conferência de Yalta (1945): partilha do mundo.
  • Conferência de Potsdam (1945): tribunal de Nuremberg, divisão da Alemanha.
  • Conferência de São Francisco (1945): ONU

O mundo do pós-guerra

  • Somados todos os afetados pela guerra – 50 milhões de mortos.
  • Grandes cidades forma destruídas, transportes e comunicação interrompidos, pontes, rodovias e ferrovias destruídas.
  • EUA apesar dos gastos, cresceu industrialmente, expandiu o seu comércio e acumulou uma enorme quantidade de ouro.
  • Socialismo se expandiu na Europa e o mundo se dividiu em dois blocos: o capitalista, liderado pelos EUA e o socialista, liderado pela URSS.

29 de jul. de 2009

Por que as mulheres enlouquecem os homens! (muito boa)

Mulher – Onde você vai?
Homem – Vou sair um pouco.
Mulher – Vai de carro?
Homem – Sim.
Mulher – Tem gasolina?
Homem – Sim…. coloquei.
Mulher – Vai demorar?
Homem – Não… coisa de uma hora.
Mulher – Vai a algum lugar específico?
Homem – Não… só rodar por aí.
Mulher – Não prefere ir a pé?
Homem – Não… vou de carro.
Mulher – Traz um sorvete pra mim!
Homem – Trago… que sabor?
Mulher – Manga.
Homem – Ok… na volta eu passo e compro.
Mulher – Na volta?
Homem – Sim… senão derrete.
Mulher – Passa lá, compra e deixa aqui..
Homem – Não… melhor não! Na volta… é rápido!
Mulher – Ahhhhh!
Homem – Quando eu voltar eu tomo com você!
Mulher – Mas você não gosta de manga!
Homem – Eu compro outro… de outro sabor.
Mulher – Aí fica caro… traz de cupuaçu!
Homem – Eu não gosto também.
Mulher – Traz de chocolate… nós dois gostamos.
Homem – Ok! Beijo… volto logo….
Mulher – Ei!
Homem – O que?
Mulher – Chocolate não… Flocos…
Homem – Não gosto de flocos!
Mulher – Então traz de manga prá mim e o que quiser prá você.
Homem – Foi o que sugeri desde o começo!
Mulher – Você está sendo irônico?
Homem – Não tô não! Vou indo.
Mulher – Vem aqui me dar um beijo de despedida!
Homem – Querida! Eu volto logo… depois.
Mulher – Depois não… quero agora!
Homem – Tá bom! (Beijo.)
Mulher – Vai com o seu ou com o meu carro?
Homem – Com o meu.
Mulher – Vai com o meu… tem cd player… o seu não!
Homem – Não vou ouvir música… vou espairecer.. .
Mulher – Tá precisando?
Homem – Não sei… vou ver quando sair!
Mulher – Demora não!
Homem – É rápido… (Abre a porta de casa.)
Mulher – Ei!
Homem – Que foi agora?
Mulher- Nossa!!! Que grosso! Vai embora!
Homem – Calma… estou tentando sair e não consigo!
Mulher – Porque quer ir sozinho? Vai encontrar alguém?
Homem – O que quer dizer?
Mulher – Nada… nada não!
Homem – Vem cá… acha que estou te traindo?
Mulher – Não… claro que não… mas sabe como é?
Homem – Como é o quê?
Mulher – Homens!
Homem – Generalizando ou falando de mim?
Mulher – Generalizando.
Homem – Então não é meu caso… sabe que eu não faria isso!
Mulher- Tá bom… então vai.
Homem – Vou.
Mulher- Ei!
Homem – Que foi, cacete?
Mulher- Leva o celular, estúpido!
Homem – Prá quê? Prá você ficar me ligando?
Mulher- Não… caso aconteça algo, estará com celular.
Homem – Não… pode deixar…
Mulher- Olha… desculpa pela desconfiança, estou com saudade, só isso!
Homem – Ok, meu amor… Desculpe-me se fui grosso. Tá.. eu te amo!
Mulher- Eu também! Posso futricar no seu celular?
Homem – Prá quê?
Mulher- Sei lá! Joguinho!
Homem – Você quer meu celular prá jogar?
Mulher- É.
Homem – Tem certeza?
Mulher- Sim.
Homem – Liga o computador.. . lá tem um monte de joguinhos!
Mulher- Não sei mexer naquela lata velha!
Homem – Lata velha? Comprei pra a gente mês passado!
Mulher- Tá..ok… então leva o celular senão eu vou futricar…
Homem – Pode mexer então… não tem nada lá mesmo…
Mulher- É?
Homem – É.
Mulher- Então onde está?
Homem – O quê?
Mulher- O que deveria estar no celular mas não está…
Homem – Como!?
Mulher- Nada! Esquece!
Homem – Tá nervosa?
Mulher- Não… tô não…
Homem – Então vou!
Mulher- Ei!
Homem – O que ééééééé, caralho?
Mulher- Não quero mais sorvete não!
Homem – Ah é?
Mulher- É!
Homem – Então eu também não vou sair mais não!
Mulher- Ah é?
Homem – É.
Mulher- Oba! Vai ficar comigo?
Homem – Não vou não… cansei… vou dormir!
Mulher- Prefere dormir do que ficar comigo?
Homem – Não… vou dormir, só isso!
Mulher- Está nervoso?
Homem – Claro, porra!!!
Mulher- Porque você não vai dar uma volta para espairecer?
Homem – Ah, vai tomar no cú!!!

4 de jul. de 2009

MODOS DE PRODUÇÃO

Quando vamos a um supermercado e compramos gêneros alimentícios, bebidas, calçados, material de limpeza, etc., estamos adquirindo bens. Da mesma forma, quando pagamos a passagem do ônibus ou uma consulta medica, estamos pagando um serviço.
Ao viverem em sociedade, as pessoas participam diretamente da produção, da distribuição e do consumo de bens e serviços, ou seja, participam da vida econômica da sociedade. Assim, o conjunto de indivíduos que participam da vida econômica de uma nação é o conjunto de indivíduos que participam da produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Ex: operários quando trabalham estão ajudando a produzir, quando, com o salário que recebem, compram algo, estão participando da distribuição, pois estão comprando bens e consumo. E quando consomem os bens e os serviços que adquiriram, estão participando da atividade econômica de consumo de bens e serviços.

MODOS DE PRODUÇÃO
O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existentes nessa sociedade.
Modo de produção = forças produtivas + relações de produção
Portanto, o conceito de modo de produção resume claramente o fato de as relações de produção serem o centro organizador de todos os aspectos da sociedade.

¨ Modo de produção primitivo:
O modo de produção primitiva designa uma formação econômica e social que abrange um período muito longo, desde o aparecimento da sociedade humana. A comunidade primitiva existiu durante centenas de milhares de anos, enquanto o período compreendido pelo escravismo, pelo feudalismo e pelo capitalismo mal ultrapassa cinco milênios.
Na comunidade primitiva os homens trabalhavam em conjunto. Os meios de produção e os frutos do trabalho eram propriedade coletiva, ou seja, de todos. Não existia ainda a idéia da propriedade privada dos meios de produção, nem havia a oposição proprietários x não proprietários.
As relações de produção eram relações de amizade e ajuda entre todos; elas eram baseadas na propriedade coletiva dos meios de produção, a terra em primeiro lugar.
Também não existia o estado. Este só passou a existir quando alguns homens começaram a dominar outros. O estado surgiu como instrumento de organização social e de dominação.

¨ Modo de produção escravista:
Na sociedade escravista os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os escravos eram propriedade do senhor. O escravo era considerado um instrumento, um objeto, assim como um animal ou uma ferramenta.
Assim, no modo de produção escravista, as relações de produção eram relações de domínio e de sujeição: senhores x escravos. Um pequeno número de senhores explorava a massa de escravos, que não tinham nenhum direito.
Os senhores eram proprietários da força de trabalho (os escravos), dos meios de produção (terras, gado, minas, instrumentos de produção) e do produto de trabalho.

¨ Modo de produção asiático:
O modo de produção asiático predominou no Egito, na China, na Índia e também na África Antiga.
Tomando como exemplo o Egito, no tempo dos faraós, vamos notar que a parte produtiva da sociedade era composta pelos escravos, que era forçados, e pelos camponeses, que também eram forçados a entregar ao Estado o que produziam. A parcela maior prejudicando cada vez mais o meio de produção asiático.
Fatores que determinaram o fim do modo de produção asiático:
• A propriedade de terra pelos nobres;
• O alto custo de manutenção dos setores improdutivos;
• A rebelião dos escravos.

¨ Modo de produção feudal:
A sociedade feudal era constituída pelos senhores x servos. Os servos não eram escravos de seus senhores, pois não eram propriedade deles. Eles apenas os serviam em troca de casa e comida. Trabalhavam um pouco para o seu senhor e outro pouco para eles mesmos.
Num determinado momento, as relações feudais começaram a dificultar o desenvolvimento das forças produtivas. Como a exploração sobre os servos no campo aumentava, o rendimento da agricultura era cada vez mais baixo. Na cidade, o crescimento da produtividade dos artesãos era freado pelos regulamentos existentes e o próprio crescimento das cidades era impedido pela ordem feudal.Já começava a aparecer às relações capitalistas de produção.

¨ Modo de produção capitalista:
O que caracteriza o modo de produção capitalista são as relações assalariadas de produção (trabalho assalariado). As relações de produção capitalistas baseiam-se na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia, que substituiu a propriedade feudal, e no trabalho assalariado, que substituiu o trabalho servil do feudalismo. O capitalismo é movido por lucros, portanto temos duas classes sociais: a burguesia e os trabalhadores assalariados.
O capitalismo compreende quatro etapas:
Pré-capitalismo: o modo de produção feudal ainda predomina, mas já se desenvolvem relações capitalistas.
Capitalismo comercial: a maior parte dos lucros concentra-se nas mãos dos comerciantes, que constituem a camada hegemônica da sociedade; o trabalho assalariado torna-se mais comum.
Capitalismo industrial: com a revolução industrial, o capital passa a ser investido basicamente nas industrias, que se tornam à atividade econômica mais importante; o trabalho assalariado firma-se definitivamente.
Capitalismo financeiro: os bancos e outras instituições financeiras passam a controlar as demais atividades econômicas, através de financiamentos à agricultura, a industria, à pecuária, e ao comercio.

¨ Modo de produção socialista:
A base econômica do socialismo é a propriedade social dos meios de produção, isto é, os meios de produção são públicos ou coletivos, não existindo empresas privadas. A finalidade da sociedade socialista é a satisfação completa das necessidades materiais e culturais da população: emprego, habitação, educação, saúde. Nela não há separação entre proprietário do capital (patrão) e proprietários da força do trabalho (empregados). Isto não quer dizer que não haja diferenças sociais entre as pessoas, bem como salários desiguais em função de o trabalho ser manual ou intelectual.

¨ Taylorismo:
Taylorismo ou Administração científica é o modelo de administração desenvolvido pelo engenheiro estadunidense Frederick Winslow Taylor (1856-1915), que é considerado o pai da administração científica.
Taylor pretendia definir princípios científicos para a administração das empresas. Tinha por objetivo resolver os problemas que resultam das relações entre os operários, como conseqüência modifica-se as relações humanas dentro da empresa, o bom operário não discute as ordens, nem as instruções, faz o que lhe mandam fazer.

Organização Racional do Trabalho:
- Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: objetivava a isenção de movimentos inúteis, para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo médio.
-Estudo da fadiga humana: a fadiga predispõe o trabalhador à diminuição da produtividade e perda de qualidade, acidentes, doenças e aumento da rotatividade de pessoal.
-Divisão do trabalho e especialização do operário
-Desenho de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o conteúdo de tarefas de uma função, como executar e as relações com os demais cargos existentes.
-Incentivos salariais e prêmios por produtividade
-Condições de trabalho: O conforto do operário e o ambiente físico ganham valor, não porque as pessoas merecessem, mas porque são essenciais para o ganho de produtividade
-Padronização: aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir os custos
-Supervisão funcional: os operários são supervisionados por supervisores especializados, e não por uma autoridade centralizada.
-Homem econômico: o homem é motivável por recompensas salariais, econômicas e materiais.
A empresa era vista como um sistema fechado, isto é, os indivíduos não recebiam influências externas. O sistema fechado é mecânico, previsível e determinístico.

¨ Fordismo:
Idealizado pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor Company, o fordismo se caracteriza por ser um método de produção caracterizado pela produção em série, sendo um aperfeiçoamento do taylorismo.
Ford introduziu em suas fábricas as chamadas linhas de montagem, nas quais os veículos a serem produzidos eram colocados em esteiras rolantes e cada operário realizava uma etapa da produção, fazendo com que a produção necessitasse de altos investimentos e grandes instalações. O método de produção fordista permitiu que Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por ano, durante a década de 1920. O veículo pioneiro de Ford no processo de produção fordista foi o mítico Ford Modelo T, mais conhecido no Brasil como "Ford Bigode".
O fordismo, teve seu ápice no período posterior à Segunda Guerra Mundial, nas décadas de 1950 e 1960, que ficaram conhecidas na história do capitalismo como Os Anos Dourados. A crise sofrida pelos Estados Unidos na década de 1970 foi considerada uma crise do próprio modelo, que apresentava queda da produtividade e das margens de lucros. A partir da década de 1980, esboçou-se nos países industrializados um novo padrão de desenvolvimento denominado pós-fordismo ou modelo flexível (toyotismo), baseado na tecnologia da informação.
Princípios fordista:
Intensificação;
Produtividade;
Economicidade.

¨ Toyotismo
O toyotismo é um modo de organização da produção capitalista que se desenvolveu a partir da globalização do capitalismo na década de 1980. Surgiu no Japão após a II Guerra Mundial, mas só a partir da crise capitalista da década de 1970 é que foi caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês), adquirindo uma projeção global.
O Japão foi o berço da automação flexível pois apresentava um cenário diferente do dos Estados Unidos e da Europa: um pequeno mercado consumidor, capital e matéria-prima escassos, e grande disponibilidade de mão-de-obra não-especializada, impossibilitavam a solução taylorista-fordista de produção em massa. A resposta foi o aumento na produtividade na fabricação de pequenas quantidades de numerosos modelos de produtos, voltados para o mercado externo, de modo a gerar divisas tanto para a obtenção de matérias-primas e alimentos, quanto para importar os equipamentos e bens de capital necessários para a sua reconstrução pós-guerra e para o desenvolvimento da própria industrialização. O sistema pode ser teoricamente caracterizado por quatro aspectos:
-mecanização flexível, uma dinâmica oposta à rígida automação fordista decorrente da inexistência de escalas que viabilizassem a rigidez.
-processo de multifuncionalização de sua mão-de-obra, uma vez que por se basear na mecanização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a mão-de-obra não podia ser especializada em funções únicas e restritas como a fordista. Para atingir esse objetivo os japoneses investiram na educação e qualificação de seu povo e o toyotismo, em lugar de avançar na tradicional divisão do trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma atuação voltada para o enriquecimento do trabalho.
-implantação de sistemas de controle de qualidade total, onde através da promoção de palestras de grandes especialistas norte-americanos, difundiu-se um aprimoramento do modelo norte-americano, onde, ao se trabalhar com pequenos lotes e com matérias-primas muito caras, os japoneses de fato buscaram a qualidade total. Se, no sistema fordista de produção em massa, a qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos os trabalhadores em todos os pontos do processo produtivo.

-sistema just in time que se caracteriza pela minimização dos estoques necessários à produção de um extenso leque de produtos, com um planejamento de produção dinâmico. Como indicado pelo próprio nome, o objetivo final seria produzir um bem no exato momento em que é demandado.
O Japão desenvolveu um elevado padrão de qualidade que permitiu a sua inserção nos lucrativos mercados dos países centrais e, ao buscar a produtividade com a manutenção da flexibilidade, o toyotismo se complementava naturalmente com a automação flexível.
A partir de meados da década de 1970, as empresas toyotistas assumiriam a supremacia produtiva e econômica, principalmente pela sua sistemática produtiva que consistia em produzir bens pequenos, que consumissem pouca energia e matéria-prima, ao contrário do padrão norte-americano. Com o choque do petróleo e a conseqüente queda no padrão de consumo, os países passaram a demandar uma série de produtos que não tinham capacidade, e, a princípio, nem interesse em produzir, o que favoreceu o cenário para as empresas japonesas toyotistas. A razão para esse fato é que devido à crise, o aumento da produtividade, embora continuasse importante, perdeu espaço para fatores tais como a qualidade e a diversidade de produtos para melhor atendimento dos consumidores.

CONCLUSÃO
Para produzir os bens de consumo e de serviço de que necessitamos, os homens estabelecem relações uns entre os outros. As relações que se estabelecem entre os homens na produção, na troca e na distribuição dos bens são as relações de produção.
Nos últimos anos temos visto uma revolução tecnológica crescente e que tem trazido novos direcionamentos econômicos, culturais, sociais e educacionais à sociedade. A acelerada transformação nos meios e nos modos de produção, causada pela revolução tecnológica focaliza uma nova era da humanidade onde as relações econômicas entre as pessoas e entre os países e a natureza do trabalho sofrem enormes transformações.

10 de jun. de 2009

Antecedentes da Primeira Guerra


A Primeira Grande Guerra (1914-18) foi responsável pela morte de milhões de pessoas na Europa e provocou uma transformação significativa nas correlações de força entre os países industrializados.

FATORES
Normalmente são apresentados três fatores mais importantes responsáveis pela guerra: A Política Imperialista sobre as áreas de colonização, a Questão Balcânica e o Revanchismo Francês; Mesmo esses dois últimos somente podem ser entendidos no contexto da expansão capitalista, portanto a Primeira Guerra foi na verdade uma guerra imperialista que envolveu os grandes interesses de potências industrializadas

O IMPERIALISMO

O final do século XIX, principalmente após a Conferência de Berlim (1885), foi caracterizado pela corrida armamentista. Nesse período, conhecido por "Paz Armada", várias nações instituíram o serviço militar obrigatório e os exércitos passaram a ter maior influência na vida política. Esse processo deveu-se ao desenvolvimento do capitalismo monopolista e do neocolonialismo, que caracterizam o imperialismo. As grandes potências industriais adotaram a política expansionista para garantir o controle sobre os mercados afro-asiáticos, a partir da concepção de que o desenvolvimento industrial da cada nação somente seria possível na medida em que houvesse o controle sobre grandes mercados.Essa mentalidade imperialista foi responsável não só pelo militarismo, como também por maior exaltação nacionalista.

O NACIONALISMO
O nacionalismo desenvolveu-se desigualmente nos países imperialista, fruto das condições anteriores ao imperialismo. Tradicionalmente considera-se a Alemanha como a maior expressão de nacionalismo, na verdade, muito mais pelos desdobramentos que essa mentalidade teve durante a Segunda guerra, do que pela sua real importância no final do século XIX.
Na Itália o sentimento nacionalista esteve presente nas duas grandes revoluções do século XIX ( em 1830 e 1848) e novamente no processo de unificação.
Na França o nacionalismo esteve presente na Revolução Francesa, manifestado principalmente no ideal de â??fraternidade"; se bem que a revolução agudizou a luta de classes, enquanto na Alemanha e na Itália, as unificações baseadas no discurso nacionalista cumpriu o papel inverso, encobrir as desigualdades, característica fundamental do nacionalismo.
Mesmo nos EUA, onde não existe o nacionalismo clássico, este encontrou seu equivalente na Teoria do Destino Manifesto, de origem calvinista, que serviu como justificativa ideológica para o expansionismo ao longo do século XIX e para a formação de sua política intervencionista conhecida por "Big Stick".

A QUESTÃO BALCÂNICA

Desde o final do século XIX, com a decadência do Império Turco e o processo de independência dos povos da região balcânica, é que esse território tornou-se alvo de múltiplos interesses. A Áustria pretendia ampliar sua influência sobre a região e iniciar um processo de expansão. A mesma política foi desenvolvida pelos russos, que utilizaram o argumento "pan-eslavista", e haviam ainda os interesses peculiares à própria região, em especial o dos sérvios, que pretendiam construir a "Grande Sérvia".

O REVANCHISMO
O revanchismo francês desenvolveu-se após a humilhação de 1871, quando da proclamação do II Reich Alemão no Palácio de Versalhes. Nas casas e escolas as crianças francesas foram estimuladas a exaltar o patriotismo e a aceitar o sacrifício pelo seu país. Na verdade esse revanchismo ( a palavra tem sentido negativo) não deixa de ser uma manifestação nacionalista ( palavra que normalmente tem sentido positivo) que desenvolveu-se ao mesmo tempo em que as estruturas políticas do país foram se tornando mais liberais, possibilitando maior participação, estimulando o senso crítico e a noção de cidadania, portanto situação contrária vivida pela Alemanha, onde o nacionalismo seguiu a orientação de um estado centralizado e forte.

Humanidade Combina Guerra e Desenvolvimento


Guerra e Desenvolvimento. Essa aparente contradição foi na verdade, uma constante combinação ao longo da História da humanidade e é percebida ainda hoje. No século 5º. a.C. Atenas viveu essa situação de forma intensa, ao comandar as Guerras Médicas contra o Império Persa, a partir das quais impôs sua hegemonia ao mundo grego, e ao participar da Guerra do Peloponeso, na qual foi derrotada por espartanos e seus aliados.
Durante o conflito com os Persas, ao comandar a Confederação de Delos, , a economia de Atenas desenvolveu-se intensamente. O tesouro de Delos serviu, na prática, para gerar empregos e incrementar todas as atividades produtivas na cidade. É verdade que a economia ateniense encontrava-se em crescimento antes da guerra, fruto do desenvolvimento mercantil, porém, durante o conflito, todo ateniense trabalhava e recebia uma remuneração, o que dinamizava a economia urbana.
A hegemonia ateniense sobre a maioria das cidades gregas consolidou sua posição econômica. Essa situação retratava, na verdade, o imperialismo exercido pela cidade, que impunha-se às demais não apenas do ponto de vista econômico, mas militar.
Este é o "Século de Ouro", também conhecido como "Século de Péricles". O principal governante de Atenas nesse período foi o responsável por incentivar o desenvolvimento artístico e intelectual na cidade. A arquitetura foi incrementada; sob patrocínio dos homens ricos desenvolveu-se o teatro, que reafirmou a visão humanista dos atenienses sobre o mundo. A filosofia, apoiada no racionalismo, conheceu significativa expansão, estimulando a reflexão e, ao mesmo tempo, a conscientização sobre a cidadania, sobre o "ser ateniense".
Enfim, o imperialismo reforçou a cultura da superioridade já existente entre os habitantes da Ática. Situação semelhante encontramos em outros momentos da história e em especial no mundo contemporâneo, em que percebemos a importância da guerra como meio de manter não apenas a hegemonia de uma nação mas os privilégios de um pequeno grupo de indivíduos, que, na maioria dos casos, se julgam superiores em relação a outros povos.

10 de fev. de 2009

Brincando e Aprendendo nas Férias

Navegando por alguns sites encontrei algumas coisinhas muito legais para o pessoal se divertir e aprender nas férias. Abaixo estão alguns links para você navegar. Abraços e boa diverção ;)

Esse é muito legal ahuehaeuea você escolhe um personagem e vai a luta. Uma outra coisinha boa é que você pratica o seu inglês.
Idade Média
http://www.brincandoseaprende.com.br/php/atividade.php?nrati=2609

Apresentação interativa da Discovery Channel sobre Incas. Interessamte.
http://www.discoverybrasil.com/guia_inca/interativoincas/

Sobre a Família Real no Brasil. Jogo de perguntas (simples mas bem chamativo pelas imagens)
http://www.brincandoseaprende.com.br/swf/1757_familiareal/1757.php?nrati=1757

Sobre a história de Portugal. Legal é aconpanhar o avanço territorial cristão na Guerra de Reconquista
http://www.brincandoseaprende.com.br/swf/2043_reconquista/2043.php?nra

Simulador (jogo interativo) que expõe alguns elementos a respeito da vida do revolucionário argentino Ernesto Che Guevara.
http://www.brincandoseaprende.com.br/php/atividade.php?nrati=2095

Simulador (jogo interativo) que trata dos povos africanos desde sua origem até a época colonial moderna. Conheça um pouco sobre a cultura e as tecnologias dos povos africanos que habitavam o coninente quando se iniciou o período colonial. Interessante a linha de tempo, dê uma olhadinha ;)
http://www.brincandoseaprende.com.br/php/atividade.php?nrati=2092

Simulador (jogo interativo) que mostra como eram as vestimentas da família de Rui Barbosa. chatoooooo...apenas olhe e passe adiante ^^
http://www.brincandoseaprende.com.br/swf/1950_ruibarbosa_vestimentas/1950.php

Este jogo interativo sobre a Era Feudal tem os seguintes objetivos pedagógicos: Reconhecer os diferentes agentes sociais e os contextos envolvidos na produção do conhecimento histórico.- Problematizar a vida social, o passado e o presente, na dimensão individual e social. Legalzinho...
http://www.brincandoseaprende.com.br/php/atividade.php?nrati=1813

Simulador (jogo interativo) com narração a respeito da História das variações da Escrita Árabe.
http://www.brincandoseaprende.com.br/php/atividade.php?nrati=1876

Simulador (jogo interativo) com a versão do Jornal Zero Hora sobre a história de um dos líderes da Revolução Cubana Fidel Castro Ruz, da sua participação na revolução ao afastamento das atividades políticas diretas.
http://www.brincandoseaprende.com.br/swf/2019_fidelcastro/2019.php?nrati=2019

Hieroglifos Enigma, jogo interativo disponível na página do Discovery Channel Brasil. O jogo consiste em passar de fazer decifrando hieroglifos com informações sobre a história do Antigo Egito. Interessante!
http://www.discoverybrasil.com/egito/hieroglifo/

Jogo interativo sobre a Civilização Maia. Legal. A música é contagiante :D
http://www.discoverybrasil.com/guia_maia/jogo/index.shtml

Jogo interativo O Explorador das Cidades Perdidas disponível no sítio do Discovery Channel Brasil. Consiste em um jogo de perguntas e respostas sobre algumas cidades antigas de vários continentes, a cada acerto passa-se de fase. Muito legal, tem até uns brindes hauehuae
http://www.discoverybrasil.com/cidadesdomundoantigo/joga/nivel01.shtml?sonido=1

Bom...era isso, um ótimo aprendizado e divertimento :D

31 de out. de 2008

D. João VI


João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael - o futuro D. João VI - nasceu em 13 de maio de 1767, no Palácio Real da Ajuda, nas cercanias de Lisboa, e morreu em 10 de março de 1826, no Paço da Bemposta, na mesma cidade,com quase 59 anos de idade.

Como príncipe ou rei, nos 34 anos de seu governo (1792-1826), D. João foi personagem da história luso-brasileira em diversos momentos significativos. Ele participou de vários acontecimentos, freqüentemente analisados pela historiografia como: a transferência da Corte portuguesa para o Brasil e a abertura dos portos brasileiros às nações amigas (1808); a assinatura dos tratados de comércio com a Inglaterra (1810); a elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves (1815); a repressão militar à Revolta Pernambucana (1817); o retorno da família real a Portugal (1821); o reconhecimento da independência política do Brasil (1825), proclamada em 1822, por seu filho, D. Pedro I.
Para efeito de análise, dividimos a vida de D. João em três grandes fases:

A primeira desenvolve-se em Portugal, entre 1767 e 1807, e é marcada por episódios como seu casamento com a infanta da Espanha, D. Carlota Joaquina (8 de maio de 1785) e pela morte de seu irmão primogênito, D. José - tornando D. João o herdeiro da Coroa com o título de Príncipe do Brasil. Em função da doença mental de sua mãe, D. Maria I, ele assumiu a regência em nome da rainha em 10 de fevereiro de 1792. Posteriormente, em 13 de julho de 1799, tornou-se príncipe-regente em nome próprio, um ano depois do nascimento de seu filho Pedro de Alcântara (mais tarde Pedro I do Brasil e Pedro IV de Portugal). Ainda nesta primeira fase de sua vida, nasceu o filho infante D. Miguel (em 26 de outubro de 1802).Em 29 de novembro de 1807, o exército francês, comandado por Junot, invadiu Portugal; quase simultaneamente à retirada da Corte lusa para o Brasil, indo D. João e D Maria I a bordo da nau Príncipe Real.

A segunda fase da periodização corresponde à permanência da Corte no Brasil (1808-1821), quando a ex-colônia brasileira se converteu em sede da monarquia. Em janeiro de 1808, D. João aportou na Bahia, onde assinou uma Carta Régia abrindo os portos brasileiros ao comércio com as nações amigas. No mês seguinte, ele e sua Corte partiram em direção ao Rio de Janeiro, aonde chegaram a 7 de março. Na nova capital, o príncipe-regente tomou várias medidas: revogou a proibição das manufaturas no Brasil (1º de abril); criou o Desembargo do Paço e a Mesa da Consciência e Ordens (22 de abril), a Casa da Suplicação do Brasil, a Intendência Geral da Polícia (10 de maio), a Impressão Régia (13 de maio), a Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação (23 de agosto) e o Banco do Brasil (12 de outubro). Os anos seguintes de sua permanência no Brasil foram marcados pela assinatura dos tratados com a Grã-Bretanha (de Amizade e Aliança e de Comércio e Navegação, em 19 de fevereiro de 1810) e pela elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves (16 de dezembro de 1815).

Com a morte da rainha, em 20 de março de 1816, sucedeu-lhe com o título de D. João VI, sendo coroado no Rio de Janeiro em 6 de fevereiro de 1818, como o 27º rei de Portugal e o 1º do Reino Unido. No campo militar, seu governo enfrentou uma revolta em Pernambuco em 1817, determinou a ocupação da Guiana Francesa em 1808 (abandonada em 1817) e anexou a Cisplatina em 1821, em represália ao auxílio dado pelos espanhóis à invasão francesa de Portugal.

Um movimento iniciado no Porto, em 1820, levou à promulgação de um decreto determinando o regresso de D. Pedro a Portugal e convocando os procuradores eleitos pelas Câmaras do Brasil, Açores, Madeira e Cabo Verde para uma Junta de Cortes. A adesão das tropas do Reino ao movimento levou D. João VI a prestar juramento à futura Constituição portuguesa em fevereiro de 1821, pouco antes da nomeação de D. Pedro como regente do Brasil. Em 26 de abril de 1821, D. João e sua Corte deixam o Brasil, retornando a Portugal.

Por fim, a terceira fase (1821-1826) refere-se ao regresso de D. João VI a Portugal, sob a exigência do constitucionalismo portuense, e inclui episódios como a promulgação da Constituição portuguesa (23 de setembro de 1822), o enfrentamento das sublevações encabeçadas por D. Miguel (Vilafrancada, em 1823, e Abrilada, em abril de 1824) e o reconhecimento da independência política do Brasil (1825).

Objeto de estudos de portugueses e brasileiros, o período joanino se presta a análises comparativas das interpretações de diversos historiadores, construídas em diferentes perspectivas. Vejamos um exemplo dessas diferenças.

Na obra Evolução política do Brasil (1ª ed.: 1933), o historiador brasileiro Caio Prado Júnior observou que, se os marcos cronológicos não se estribassem em aspectos externos e formais, a independência brasileira poderia ser assinalada pela transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808. Na análise de Caio Prado, ao instalar no Brasil a sede da monarquia e ao tomar medidas de grande impacto político e econômico (como a abertura dos portos), D. João aboliu efetivamente o regime colonial. E mais: promoveu uma inversão de papéis entre Brasil e Portugal, em que a antiga colônia transformava-se em sede do governo metropolitano.

Estabelecendo no Brasil a sede da monarquia, o Regente aboliu ipso facto o regime de colônia em que o país até então vivera. Todos os caracterres de tal regime desapareceram, restando apenas a circunstância de continuar à sua frente um governo estranho. São abolidas, uma atrás da outra, as velhas engrenagens da administração colonial, e substituídas por outras já de uma nação soberana. Caem as restrições econômicas e passam para um primeiro plano das cogitações políticas do governo os interesses do país. São esses os efeitos diretos e imediatos da chegada da Corte. Naquele mesmo ano de 1808 são adotadas mais ou menos todas as medidas que mesmo um governo propriamente nacional não poderia ultrapassar. (PRADO Jr., 1979, p. 43.)

Em vez de uma perspectiva de "emancipação brasileira", os efeitos da instalação da Corte joanina no Rio de Janeiro podem ser focalizados pelo ângulo da crise que provocou em Portugal. Nesse sentido, o historiador português José Hermano Saraiva (2001, p. 274) sintetizou:

O Brasil constituía então uma base essencial da economia portuguesa. A nossa exportação era quase toda (exceptuando o vinho do Porto) canalizada para os portos brasileiros; a nossa importação vinha quase toda do Brasil; as matérias-primas tropicais faziam escala em Lisboa e daqui eram reexportadas para o exterior. Todo comércio dependia desse sistema e desse tráfico vivia a marinha mercante. A emancipação econômica do Brasil teve portanto conseqüências graves na economia portuguesa. A antiga colônia passara, em poucos anos, de fonte de rendimento a fonte de despesa. Muitos dos nobres instalados na corte do Rio viviam à custa dos bens que possuíam em Portugal.

Assim, a política joanina de romper antigas subordinações do Brasil em relação à Metrópole provocou crises em Portugal. Em razão das contradições entre Colônia e Metrópole, as medidas que "libertavam" o Brasil desse sistema de exploração colonial "sufocavam", em contrapartida, Portugal.

fonte: Gilberto Cotrim. Professor de História pela USP. Mestre em Educação e História da Cultura pela Universidade Mackenzie. Autor de História Global pela Editora Saraiva.

Ex-agente da CIA relata momentos finais de Che


Félix Rodríguez entrou para a história como o agente da CIA (a agência de inteligência americana) que ajudou a capturar Che Guevara na Bolívia.

Anticomunista, de origem cubana, Rodríguez também participou da invasão da Baía de Cochinos.

Nesta entrevista, concedida ao repórter da BBC José Baig, Rodríguez fala sobre as últimas horas do líder revolucionário.

BBC - Como foi o seu primeiro encontro com Che, após a sua captura?

Félix Rodríguez - O primeiro encontro foi quando eu acompanhei o coronel boliviano Joaquín Centeno, como assessor, até o local onde Che estava. Ele viu Che, que estava deitado, com as mãos e os pés amarrados, ficou olhando para ele e disse: "Che Guevara, venho falar com você".

Ele (Che) então olhou para mim do chão e me disse, de forma arrogante: "A mim não se interroga".

Eu, em seguida, lhe disse: "Comandante, eu não vim interrogá-lo. Nossas idéias são diferentes, mas eu o admiro. O senhor está aqui porque crê em seus ideais, ainda que para mim eles estejam equivocados. Eu vim conversar com o senhor".

Che ficou me olhando por um tempo, para ver se eu estava rindo. Quando viu que eu estava sério, me disse: "Pode soltar as amarras? Posso me sentar?".

Chamei um soldado que estava fora e disse: "Por favor, tire as amarras do comandante Guevara".

Então começamos a conversar sobre diferentes assuntos. É claro que, quando eu tocava em assuntos de interesse tático para nós, ele sorria para mim e dizia: "O senhor sabe que não posso responder isso".

BBC - Por que esse respeito que o senhor demonstra pelo inimigo?

Rodríguez - Olha, quando cheguei, meus sentimentos eram mistos. Primeiro, sabia que ele havia sido uma pessoa extremamente cruel.

Há histórias de que, quando estava na Sierra Maestra, fuzilou um menino de 15 anos porque ele havia roubado uma lata de leite condensado.

Por outro lado, quando olhava para aquele homem, que eu recordava ter visto quando visitava Moscou ou quando visitava Mao Zedong na China comunista, aquele homem arrogante e alto, eu o via na forma em que estava: um homem destruído, parecia um mendigo, quase não tinha uniforme. Não tinha botas, tinha uns pedaços de couro amarrados aos pés. Realmente senti pena.

E há de se respeitar um soldado que se comportou com decência antes de morrer.

BBC - O que aconteceu entre o momento em que o senhor terminou a sua conversa com Che Guevara e o momento em que ele foi fuzilado?

Rodríguez - Eu entrei e saí várias vezes para conversar com ele. Houve um momento em que me chamaram e disseram: "Querem falar por telefone com o militar de mais alto escalão. Ordens superiores: 500-600".

Nós havíamos estabelecido um código muito simples: 500 era Che Guevara, 600 morto, 700 vivo. Pedi que repetissem outra vez, e me confirmaram: "500-600".

Logo depois, voltou o coronel Centeno, que estava à frente das operações. Chamei-o em separado e lhe disse: "Coronel, há ordens do seu governo de eliminar o prisioneiro. Agora, a ordem do meu governo é tentar mantê-lo vivo a todo custo. Nós temos aviões, helicópteros disponíveis para levá-lo ao Panamá para interrogatório".

BBC - Ou seja, não iam matá-lo?

Rodríguez - Creio que o interesse do nosso governo era porque eles sabiam das divergências entre Che Guevara e Fidel Castro, pelo seu alinhamento com a China comunista, e pensavam que, eventualmente, ele ia cooperar.

Mas o coronel me disse: "Sabemos que temos trabalhado com você, agradecemos muito a sua ajuda (...), mas são ordens do senhor presidente, o senhor comandante das forças armadas. Se eu não cumprir, sou posto para fora".

O coronel olhou para seu relógio e me disse: "Você tem até as 14h para interrogá-lo. Quero a sua palavra de cavalheiro de que, às 14h, você me trará o cadáver de Che Guevara. E pode executá-lo da maneira que quiser, porque sabemos dos danos que ele causou a sua pátria".

Então eu disse: "Coronel, tente fazê-los mudar de idéia, porque é importante. Mas, caso não haja uma contra-ordem, eu lhe dou a minha palavra que trarei o cadáver de Che".

BBC - O que aconteceu depois?

Rodríguez - Comecei a esperar para ver o que acontecia. Por volta das 12h30, chegou uma pessoa, uma mulher com um rádio portátil nas mãos, e me perguntou: "Capitão, capitão! Quando vão matá-lo?". Eu respondi: "Senhora, por que diz isso?". E ela me mostrou o rádio e disse: "No rádio estão dizendo que ele já morreu dos ferimentos em combate".

Quando ela me disse isso, eu já sabia que não havia uma contra-ordem, sabia que a decisão final já havia sido tomada pelo governo boliviano. Entrei na peça onde Che estava sentado, parei na sua frente e disse: "Comandante, sinto muito. Eu tentei, mas são ordens superiores".

Ele entendeu perfeitamente o que eu estava dizendo. Ficou branco como papel. Nunca vi uma pessoa perder a expressão do rosto como ele perdeu. Mas ele me disse: "É melhor assim, eu nunca deveria ter sido capturado vivo".

BBC - O senhor disse mais alguma coisa?

Rodríguez - Eu falei que poderia entregar uma mensagem para sua família, se ele quisesse mandar alguma mensagem. Ele disse, de forma sarcástica: "Bom, se você puder, diga a Fidel Castro que logo verá uma revolução triunfante na América".

Logo depois ele mudou de expressão e me disse: "E, se puder, diga a minha mulher que se case outra vez e que trate de ser feliz".

Foram suas últimas palavras. Me deu a mão, me abraçou, e parou, atento, pensando que fosse eu que iria atirar. Eu saí do local, que estava cheio de soldados. Lá estava o sargento Mario Terán.

BBC - O senhor falou com Terán?

Rodríguez - Eu disse: "Sargento, há ordens do seu governo para eliminar o prisioneiro. Não atire daqui para cima, atire para baixo, para que se pense que foram ferimentos de combate. Morreu dos ferimentos de combate". Terán respondeu: "Sim, capitão".

E saí de lá às 13h. Entre 13h10 e 13h20, ouviu-se a rajada de tiros.

Depois, me contaram que, quando ele (Terán) entrou, disse: "Che, venho falar com você". E Che respondeu: "Não seja filho-da-puta, sei que você veio me matar. Mas quero que saiba que vai matar um homem".

E então ele (Terán) atirou com uma carabina M2 automática.

BBC - E depois, o senhor cumpriu a promessa de entregar o cadáver de Che às autoridades da Bolívia?

Rodríguez - Bom, logo depois chegaram o capitão Gary Prado e o capitão Celso Torrelio, e nós entramos os três no quarto onde estava Che. O cadáver estava com o rosto sujo de lama, provavelmente se sujou ao cair no chão, que era de terra, de lama, úmido. Então um deles disse: "Acabamos com as guerrilhas da América Latina".

E eu disse: "Capitão, se não acabamos com elas, pelo menos conseguimos atrasá-las por muito tempo".

fonte: http://www.bbc.co.uk