Quando estava na faculdade, certa vez, em um irntervalo, o profº Gilvan me deu um livro (talvez ele nem se lembre disso, mas eu sim) chamado "A Desobediência Civil" de Henry David Thoreau, que é considerado o pai-fundador do anarquismo. Largou o convívio com a humanidade e se tornou um eremita, vivendo em uma cabana no meio da floresta no Estado de Massachusetts, no entanto, acabou por ser preso por sonegação de impostos. A partir desse momento Thoreau resolveu escrever esse livro que anos mais tarde auxiliou Gandhi a acabar com a presença inglesa na Índia. Como não ler e gostar dessa história.
Relendo esse livro me veio algumas ideias que hoje se fazem presentes. Logo nas primeiras linhas aparece "o melhor governo é o que menos governa" ou "...que absolutamente não governa" enfim, mesmo levando em consideração que uma sociedade sem governo nesse momento seria um tanto complicado, uma utopia interessante, mas talvez impraticável, acredito que o liberalismo da primeira sentença seja interessante. Mas mais que isso é que se temos um governo mesmo que incoveniente, ele deve acatar as decisões do seu povo e não o contrário. Thoreau cita, "a grande maioria dos homens servem ao Estado desse modo, não como homens mas como máquinas, com seus corpos (...) na maioria dos casos não há um exercício seja do discernimento ou do senso moral, ele simplesmente se colocam ao nível da árvore, da terra e das pedras."
Pois bem, o que percebemos em Santa Maria - RS, os nossos representantes, vereadores, edis da casa do povo, simplesmente estão deixando de lado as manifestações de boa parte da população da cidade que não está agindo como "árvores, terras e pedras", muito pelo contrário. Um exemplo disso é o texto de Denise Silva Nunes e Lucas Saccol Meyne, ambos acadêmicas de Direito na ULBRA http://adedeycastro.com/2011/09/12/nao-ao-aumento-do-numero-de-vereadores-em-santa-maria-rs/ onde fica bem claro a posição desses estudantes, que pensam assim como muitos. Donas de casa, professores, estudantes, empregados e empresários, enfim eleitores. Mas o que parace é que os nossos representantes não têm acesso a essas informações afinal de contas dos 14 verreadores, 10, isso mesmo 10, aprovam o aumento no numero de cadeiras do legislativo municipal contrariando o desejo de parte dos eleitores e segundo alguns vereadores, seguindo determinações dos partidos a que pertencem. Absurdo!
Políticos brasileiros, alguns é claro, não são todos, é lógico, possuem um grande problema, uma enorme dificuldade de diferenciar o que público do que é privado. Deixem de pensar em suas questões privadas e passem a pensar (e realizar, é claro) aquilo que interessa a cidade e população. A demagogia pura e descarada rola solta na Vale Machado
“A História é a ciência do dia a dia. Está intimamente ligada ao desenvolvimento social, e conhecê-la não é um ato de esnobação intelectual, mas uma necessidade para aqueles que desejam formar um espírito crítico e adquirir consciência das suas possibilidades.” Bom esse blog não tem a pretensão de esclarecer todos as questões de todos os assunto. Afinal, professor de história não é enciclopédia ^^. Qualquer coisa mande um mail :D
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18 de set. de 2011
20 de ago. de 2011
França no Século XIX
Após Napoleão Bonaparte deixar definitivamente a política francesa (após a derrota em Watterloo e o posterior exílio na ilha de Santa Helena), a Europa precisava reorganizar o continente. Tivemos então, a continuidade dos trabalhos no Congresso de Viena, que havia sido interrompido pelo Governo dos Cem Dias de Napoleão, onde tomou-se dois caminhos, um deles a reorganização do mapa europeu, desfazer as conquistas napoleônicas e outro, restaurar os antigos governo. Esse ultimo, certamente trouxe consequências sérias para a política européia sobretudo na França, onde retornaram ao poder os Bourbons.
Luis XVIII(1815-1824) assume o poder seguido de Carlos X (1824-1830) e seus governos foram marcados por retrocessos absolutistas, reflexos do Congresso de Viena e suas idéias conservadoras. Uma nova constituição foi feita e dessa forma instituía-se um governo fortemente elitista. Com Carlos X não foi diferente, tivemos uma completa restauração absolutista com apoio nos ultra-realistas, nobreza e clero. No entanto, o povo francês, liderado por Luis Felipe de Orleans proporcionou uma experiência interessante de luta contra o conservadorismo, as Jornadas Gloriosas, revoluções de 1830 que levaram ao fim o governo de Carlos X.
Luis Felipe assume o poder, ficando conhecido como o "Rei Burguês", governou de 1830 a 1848. Tivemos uma reforma na constituição mas manteve o voto censitário, instituido com Luis XVIII, privilegiando, lógicamente a burguesia e excluindo o povo do jogo político. Luis Felipe passa a ter um governo voltado para a burguesia, aqueles que o auxiliaram a chegar ao poder, republicanos, bonapartistas, socialistas, enfim, foram deixados de lado.
Logo estouram movimentos contra essa situação, foram revoluções que levaram ao fim do governo de Luis Felipe. Elas ficaram conhecidas como: Primavera dos Povos. Esse nome se deve ao fato de que esses movimentos não ficaram restritos à França, se espalharam e estimularam a eclosão de revoltas em outras regiões.
As várias facções que participaram da Revolução de 1848 organizaram um governo provisório na França que teve como responsabilidade a criação de uma República na França 1848 a 1852 (chamada II República, a I foi na Revolução Francesa). Nas eleições realizadas, Luis Bonaparte obteve vitória. Em 1851 Luis Bonaparte, que era sobrinho de Napoleão, fecha o parlamento e se torna ditador. Em 1852 foi realizado um plebiscito, onde a população decidiu sobre a criação de um novo império. Luis Bonaparte foi coroado como Napoleão III, era o início do II Império Francês que durou de 1852 a 1870.
No II império Francês o que se destaca é a sua política externa, afinal de contas foram muitos conflitos travado. Guerra da Criméia (1854-1856), intervenção no México (1862-1867), apoiou a independência da Moldávia e da Valáquia, apoiou os piemonteses na unificação italiana, no entanto na defesa de Roma se voltou contra os unificadores.
Mas a principal guerra que o II Império Francês participou foi a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871) onde, na Batalha de Sedan (18171) Napoleão III foi feito prisioneiro. Assim chegou ao fim o II Império Francês, um momento marcado por guerras, mas também marcado por avanços culturais, afinal de contas, Paris se transforma na conhecida "Cidade Luz" exatamente nesse momento. Uma cidade onde eram realizadas feiras mundiais de tecnologia e inovações, muitas delas frutos da II Revolução Industrial.
Passado o II Império Francês, a França ingressa em uma nova república, a III República Francesa que durou até 1940, quando ocorreu a invasão nazista naquele país. No que diz respeito a história da III República, um dos assuntos mais pertinentes foi a Comuna de Paris, que assim como a Guerra Franco-Prussiana, abordarei em uma postagem posterior.
28 de jun. de 2011
Resumo de DVD: The Corporation
Documentário Premiado
por Giuseppe Regina
As corporações eram insignificantes 150 anos atrás, todavia, hoje, elas são onipresentes e dominantes no cenário mundial. Interferem na política, cultura, economia e destinos de quase todos os países. O filme The Corporation mostra a natureza, a evolução, o impacto e o prognóstico do futuro das corporações. No início, as empresas eram personificadas pelos seus donos, que eram responsabilizados por qualquer erro cometido no âmbito de suas atividades. Entretanto, no fim do século XIX, as corporações tiraram vantagem da 14ª emenda da Constituição Americana, permitindo assim que as corporações se tornassem pessoas jurídicas com limitada responsabilidade recaindo sobre os donos das mesmas. Portanto, as corporações passaram a se servir como escudos para que seus donos e gestores tomassem decisões sem terem que prestar contas, até que eclodisse a crise de confiança que abalou algumas grandes corporações ao redor do mundo, como por exemplo, a ERON, WORLDCOM, PARMALAT e etc.
O documentário afirma que as corporações se vangloriam que estão sempre criando produtos que melhoram a vidas das pessoas e por isto preenchem seu objetivo de “responsabilidade social”, mas na verdade o único objetivo de uma corporação é maximizar a riqueza dos seus acionistas, e por isto produzem lucros crescentes ao longo do tempo. Para atingir este objetivo, as corporações externalizam custos que não estão diretamente ligados a sua produção ou seu ambiente interno. Por exemplo, as montadoras de automóveis produzem milhares de carros anualmente, porém não são responsáveis por construir estradas ou alargar as existentes para evitar congestionamentos. O Estado é quem é o responsável por resolver tal impasse. Entretanto, estas mesmas corporações que diziam que melhoravam a vida das pessoas, tinham dificuldades de lidar com a qualidade de vida de seus funcionários. As corporações tomavam decisões objetivando pagar salários mais baixos, e quando isto não era possível, transferiam sua produção para países com mão de obra barata, permanecendo nestes países até quando a mão de obra ficar caro, partindo então para outro país com mão de obra barata e assim sucessivamente. Inclusive, muitas corporações já utilizaram mão de obra infantil por causa do seu baixo custo.
Segundo o filme, as Corporações também tomavam de decisões que acarretava danos à saúde do ser humano ao longo do tempo. Foi a partir de 1940, que novos produtos químicos foram criados que se caracterizavam pelo baixo custo e fornecimento ilimitado. Por exemplo, foi criado o pesticida DDT que foi largamente utilizado na agricultura e na desinfecção de pessoas e lugares. Porém, depois de vários estudos ao longo do tempo, verificou-se que o pesticida DDT e outros produtos químicos causavam problemas para a saúde do ser humano e até mesmo a morte. Muitas das corporações que desenvolveram tais produtos químicos, tentaram reduzir os risco deste produtos para a saúde do ser humano, e divulgavam que tinham conseguido tal proeza, porém a maioria das corporações sabiam que ainda assim seus produtos causavam danos a saúde das pessoas que utilizavam direta ou indiretamente seus produtos.
Não só as corporações criavam produtos que faziam mal ao ser humano, mas também se descuidavam dos animais. Elas se utilizavam de animais para testar seus novos produtos, e alguns destes produtos eram aprovados para utilização ou consumo pelos seres humanos, apesar das corporações terem conhecimento de riscos a saúde do animal e um risco potencial para intoxicar seres humanos. Um exemplo disto, foi a vacina desenvolvida pela Monsato para aumentar a produção de leite nas vacas do sul dos EUA. Apesar da empresa saber que a vacina trazia riscos para as vacas, ela omitiu este fato para os produtores e os consumidores. Consequentemente, os produtores precisavam administrar antibióticos nas vacas para que as mesmas não desenvolvessem infecções e, por conseguinte, as pessoas consumiam o antibiótico indiretamente ao beber o leite.
As corporações também afetavam negativamente o meio ambiente, denuncia o documentário. As mesmas extraem recursos da natureza, processa-os em forma de produtos e devolve para a natureza em forma de dejetos industriais, além do lixo produzido pelos consumidores destes produtos. O sistema de suporte a vida do planeta está morrendo pouco a pouco, o efeito estufa é um exemplo disto. As corporações não estão se esforçando para mudar este quadro de tragédia ambiental. Por exemplo, os EUA, por solicitação de suas corporações, não assinaram o Protocolo de Kyoto, que prevê a redução de emissão de gases tóxicos na atmosfera, e este é um problema que será deixado para as futuras gerações resolverem. As corporações sempre calculam o custo/benefício para tomar qualquer decisão, neste caso é mais barato pagar multas ou acordos do que o custo de mudar processos e/ou desenvolver novas tecnologias para prevenir esta situação.
Em determinado momento, o documentário expõe o que ele chama de “Princípios Monstruosos”, comentado que a corporação é uma instituição que segue princípios errados do ponto de vista moral e ético. Entretanto, o mesmo afirma que as corporações são formadas por profissionais que tem elevada noção de moral e ética, e por que eles não conseguem mudar esta cultura das corporações? A resposta é que estes profissionais temem serem demitidos. Portanto, estes profissionais têm que continuar a fazer o que é moralmente errado, se quiser continuar a trabalhar em determinada corporação. Um exemplo chocante foi o relato de um broker que afirma que “existem oportunidades na devastação” se referindo ao ataque de 11 de setembro às torres gêmeas, e assim que soube do acontecimento perguntou “como está nossa posição de ouro?”. Isto é conseqüência dos “Princípios Monstruosos” que obriga aos profissionais produzirem lucros crescentes a qualquer custo.
Entretanto, esta busca por lucros crescentes não está restrita só aos profissionais das corporações e seus donos majoritários. Com a pulverização das bolsas de valores muitas pessoas de moral e ética exemplares são donos de pequenas porções destas corporações, e todos elas querem que valor das ações cresçam e que a corporações paguem dividendos dos seus lucros. Será que os pequenos investidores vão exigir mudanças na forma das corporações fazerem negócios? Existe lucro moral? As aposentadorias privadas estão calcadas neste cenário, quem vai querer por em risco sua aposentadoria privada? Este é um paradoxo que o mundo capitalista terá que resolver. Em outra vertente, as corporações estão patenteando genes humanos, filtram informações do público, influenciam governos e insuflam guerras entre outros pecados da moral e da ética. Como lidar com estes todos estes desvios de condutas se as economias precisam dos empregos ofertados pelas mesmas e os governos precisam recolher impostos para aplicar em políticas públicas?
Em resumo, as corporações são monstruosas em sua essência para poder atingir seus objetivos de gerar riqueza a seus acionistas (tanto os majoritários como os minoritários). Além disso, as corporações vivem em um ambiente hostil a sua existência e travando disputas jurídicas de toda sorte, porque faz mal aos seres humanos, aos animais, ao meio ambiente e não é condescendente com seus empregados. Claro que as corporações são monstruosas, porém existe um relacionamento simbiótico entre a sociedade, o Estado e as corporações que nunca deixará de existir, pois cada um depende do outro para existir. Portanto, deve haver limites para as corporações e estes limites têm que ser impostos pelo mercado, através da bolsa de valores, e pela sociedade, através do consumo consciente.
fonte: http://cristovaopereira.blogspot.com/2007/02/resumo-de-dvd-corporation.html
Documentário Premiado
por Giuseppe Regina
As corporações eram insignificantes 150 anos atrás, todavia, hoje, elas são onipresentes e dominantes no cenário mundial. Interferem na política, cultura, economia e destinos de quase todos os países. O filme The Corporation mostra a natureza, a evolução, o impacto e o prognóstico do futuro das corporações. No início, as empresas eram personificadas pelos seus donos, que eram responsabilizados por qualquer erro cometido no âmbito de suas atividades. Entretanto, no fim do século XIX, as corporações tiraram vantagem da 14ª emenda da Constituição Americana, permitindo assim que as corporações se tornassem pessoas jurídicas com limitada responsabilidade recaindo sobre os donos das mesmas. Portanto, as corporações passaram a se servir como escudos para que seus donos e gestores tomassem decisões sem terem que prestar contas, até que eclodisse a crise de confiança que abalou algumas grandes corporações ao redor do mundo, como por exemplo, a ERON, WORLDCOM, PARMALAT e etc.
O documentário afirma que as corporações se vangloriam que estão sempre criando produtos que melhoram a vidas das pessoas e por isto preenchem seu objetivo de “responsabilidade social”, mas na verdade o único objetivo de uma corporação é maximizar a riqueza dos seus acionistas, e por isto produzem lucros crescentes ao longo do tempo. Para atingir este objetivo, as corporações externalizam custos que não estão diretamente ligados a sua produção ou seu ambiente interno. Por exemplo, as montadoras de automóveis produzem milhares de carros anualmente, porém não são responsáveis por construir estradas ou alargar as existentes para evitar congestionamentos. O Estado é quem é o responsável por resolver tal impasse. Entretanto, estas mesmas corporações que diziam que melhoravam a vida das pessoas, tinham dificuldades de lidar com a qualidade de vida de seus funcionários. As corporações tomavam decisões objetivando pagar salários mais baixos, e quando isto não era possível, transferiam sua produção para países com mão de obra barata, permanecendo nestes países até quando a mão de obra ficar caro, partindo então para outro país com mão de obra barata e assim sucessivamente. Inclusive, muitas corporações já utilizaram mão de obra infantil por causa do seu baixo custo.
Segundo o filme, as Corporações também tomavam de decisões que acarretava danos à saúde do ser humano ao longo do tempo. Foi a partir de 1940, que novos produtos químicos foram criados que se caracterizavam pelo baixo custo e fornecimento ilimitado. Por exemplo, foi criado o pesticida DDT que foi largamente utilizado na agricultura e na desinfecção de pessoas e lugares. Porém, depois de vários estudos ao longo do tempo, verificou-se que o pesticida DDT e outros produtos químicos causavam problemas para a saúde do ser humano e até mesmo a morte. Muitas das corporações que desenvolveram tais produtos químicos, tentaram reduzir os risco deste produtos para a saúde do ser humano, e divulgavam que tinham conseguido tal proeza, porém a maioria das corporações sabiam que ainda assim seus produtos causavam danos a saúde das pessoas que utilizavam direta ou indiretamente seus produtos.
Não só as corporações criavam produtos que faziam mal ao ser humano, mas também se descuidavam dos animais. Elas se utilizavam de animais para testar seus novos produtos, e alguns destes produtos eram aprovados para utilização ou consumo pelos seres humanos, apesar das corporações terem conhecimento de riscos a saúde do animal e um risco potencial para intoxicar seres humanos. Um exemplo disto, foi a vacina desenvolvida pela Monsato para aumentar a produção de leite nas vacas do sul dos EUA. Apesar da empresa saber que a vacina trazia riscos para as vacas, ela omitiu este fato para os produtores e os consumidores. Consequentemente, os produtores precisavam administrar antibióticos nas vacas para que as mesmas não desenvolvessem infecções e, por conseguinte, as pessoas consumiam o antibiótico indiretamente ao beber o leite.
As corporações também afetavam negativamente o meio ambiente, denuncia o documentário. As mesmas extraem recursos da natureza, processa-os em forma de produtos e devolve para a natureza em forma de dejetos industriais, além do lixo produzido pelos consumidores destes produtos. O sistema de suporte a vida do planeta está morrendo pouco a pouco, o efeito estufa é um exemplo disto. As corporações não estão se esforçando para mudar este quadro de tragédia ambiental. Por exemplo, os EUA, por solicitação de suas corporações, não assinaram o Protocolo de Kyoto, que prevê a redução de emissão de gases tóxicos na atmosfera, e este é um problema que será deixado para as futuras gerações resolverem. As corporações sempre calculam o custo/benefício para tomar qualquer decisão, neste caso é mais barato pagar multas ou acordos do que o custo de mudar processos e/ou desenvolver novas tecnologias para prevenir esta situação.
Em determinado momento, o documentário expõe o que ele chama de “Princípios Monstruosos”, comentado que a corporação é uma instituição que segue princípios errados do ponto de vista moral e ético. Entretanto, o mesmo afirma que as corporações são formadas por profissionais que tem elevada noção de moral e ética, e por que eles não conseguem mudar esta cultura das corporações? A resposta é que estes profissionais temem serem demitidos. Portanto, estes profissionais têm que continuar a fazer o que é moralmente errado, se quiser continuar a trabalhar em determinada corporação. Um exemplo chocante foi o relato de um broker que afirma que “existem oportunidades na devastação” se referindo ao ataque de 11 de setembro às torres gêmeas, e assim que soube do acontecimento perguntou “como está nossa posição de ouro?”. Isto é conseqüência dos “Princípios Monstruosos” que obriga aos profissionais produzirem lucros crescentes a qualquer custo.
Entretanto, esta busca por lucros crescentes não está restrita só aos profissionais das corporações e seus donos majoritários. Com a pulverização das bolsas de valores muitas pessoas de moral e ética exemplares são donos de pequenas porções destas corporações, e todos elas querem que valor das ações cresçam e que a corporações paguem dividendos dos seus lucros. Será que os pequenos investidores vão exigir mudanças na forma das corporações fazerem negócios? Existe lucro moral? As aposentadorias privadas estão calcadas neste cenário, quem vai querer por em risco sua aposentadoria privada? Este é um paradoxo que o mundo capitalista terá que resolver. Em outra vertente, as corporações estão patenteando genes humanos, filtram informações do público, influenciam governos e insuflam guerras entre outros pecados da moral e da ética. Como lidar com estes todos estes desvios de condutas se as economias precisam dos empregos ofertados pelas mesmas e os governos precisam recolher impostos para aplicar em políticas públicas?
Em resumo, as corporações são monstruosas em sua essência para poder atingir seus objetivos de gerar riqueza a seus acionistas (tanto os majoritários como os minoritários). Além disso, as corporações vivem em um ambiente hostil a sua existência e travando disputas jurídicas de toda sorte, porque faz mal aos seres humanos, aos animais, ao meio ambiente e não é condescendente com seus empregados. Claro que as corporações são monstruosas, porém existe um relacionamento simbiótico entre a sociedade, o Estado e as corporações que nunca deixará de existir, pois cada um depende do outro para existir. Portanto, deve haver limites para as corporações e estes limites têm que ser impostos pelo mercado, através da bolsa de valores, e pela sociedade, através do consumo consciente.
fonte: http://cristovaopereira.blogspot.com/2007/02/resumo-de-dvd-corporation.html
11 de jun. de 2011
Agora estou no twitter haeuhaeua ainda aprendendo.
Qualquer coisa segue lá
@CarlosGlufke
falou!!
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