Postagens populares

10 de jul. de 2007

500 anos que a América é a América




Em uma edição cartográfica cuidadosamente ilustrada, um novo Mapa Mundi aparecido em 25 de abril de 1507 - desde então descrito como o Primeiro Novo Mapa do Mundo - a Europa finalmente tomou conhecimento da existência de um novo continente, outro mundo situado do lado de lá do oceano Atlântico.O autor da proeza chamava-se Martin Waldseemüller, um geógrafo e humanista alemão que nascera em Freiburg im Breisgau, em 1470, e que estava em Saint-Dié des Vosges a serviço de René II, duque da Lorena, patrono da magnífica impressão. Ali, pela primeira vez, a palavra "América" apareceu grafada sobre o que hoje é a América do Sul.

Colombo e Vespúcio

Coube a dois italianos, ao genovês Cristóvão Colombo e ao florentino Américo Vespúcio, um descobridor e o outro desbravador do Novo Mundo, deixarem em carta aos seus patrões o relato da paisagem fabulosa que haviam encontrado do outro lado do Mar Oceano, como então chamavam o Atlântico. Ambos singraram pelo ultramar por diversas vezes entre 1492 e 1507, mas a percepção deles do que haviam visto foi totalmente diferente.
Colombo, como é sabido, pensou ter encontrado as beiras mais ocidentais das Índias, ilhas que anunciavam que o maravilhoso mercado das especiarias estaria mais adiante, mais para além ainda, enquanto Vespúcio(*), que jamais navegou com Colombo, teve o entendimento de que se tratava de outro continente, um Mundus Novus, algo que jamais constara em algum mapa conhecido.
Não sem razão, a Carta que Vespúcio enviou ao seu patrão em Florença, o banqueiro Lorenzo di Pierfrancesco de Medici, dando conta do que vira, adquiriu dimensões bem mais sensacionais do que o relato de Colombo aos reis de Espanha. Entre outros motivos porque a capacidade narrativa do florentino deixou longe a do genovês.
No mesmo momento em que a Carta de Vespúcio, já famosa e circulando pela Europa, era traduzida para o francês, Martin Waldseemüller coordenava uma equipe de desenhistas e geógrafos do Gymnasium Vosagense para dar andamento na feitura de um novíssimo Mapa Mundi que contemplasse a sensacional descoberta.

(*) Batizado na Igreja de San Giovani em Florença,no dia 18 de março de 1454, Américo Vespúcio, de ilustre família do patriciado local, foi fortemente influenciado na sua formação tanto pelo geógrafo Paolo Del Pozzo Toscanelli, teórico que advogava a chegada ao oriente pela rota do ocidente, seguida depois por Colombo, como pelo filósofo Marsílio Ficino, diretor da academia Careggi.
Chegou à Sevilha um pouco antes da descoberta de Colombo, em 1490, como agente de casa bancária. Em 1508 colocou-se a serviço da Casa da Contratação de Sevilha como Piloto Maior de Castela , posição que cuidava das viagens transatlânticas, cidade em que veio a falecer em 22 de fevereiro de 1522. Críticos do testemunho de Vespúcio suspeitam que muito do que escreveu foi forjado a posteriori.

Superando Ptolomeu

No começo do século XVI não havia, no mundo acadêmico ocidental, outra autoridade a quem recorrer em matéria de estudos cosmológicos ou cartográficos senão o velho sábio alexandrino Ptolomeu (85 - 165), morto a mil e quatrocentos anos passados. Era a ele que todos os estudiosos, fossem astrônomos ou geógrafos, recorriam, e nele sempre se deparavam com a existência de somente três continentes: Europa, África e Ásia.
Colombo e Vespúcio, todavia, com o testemunho trazido das suas viagens, provocaram uma revolução geográfica, exigindo a feitura de um novo desenho cartográfico do globo. Coube então a René II, duque da Lorena e Patrono das Artes, proporcionar os recursos para que Waldseemüller pudesse levar adiante um extenso planisfério que assinalasse as modificações necessárias.
A antiga "geographiae" de Ptolomeu viu-se do dia para noite totalmente superada pelas notícias trazidas pela Carta do florentino, sendo então enriquecida pela nova edição intitulada Universalis cosmographia secundum Ptolemaei traditionem et Americi Vespúcci aliorumque lustrationes (Cosmografia universal segundo a tradição de Ptolomeu e de Américo Vespúcio e outros navegantes).

O novo mapa

Além de registrar os feitos da Era das Grandes Descobertas (iniciadas em 1492), sua importância logo se manifestou pelos seguintes aspectos: foi a primeira vez que se editou um mapa separado do livro que o acompanhava, no caso o Cosmographiae Introducto, volume ao qual vinha anexado o relato das Quattuor Americi Navegationes (as Quatro Viagens de Américo).
Tratava-se do primeiro mapa extremamente bem detalhado em enormes proporções (2,3m. x 1,3m.) e por isso necessitou de doze blocos de madeira para concretizar sua impressão. Foi o primeiro a cobrir o mundo em 360° de longitude, o pioneiro a mostrar tanto a parte norte como a parte sul do continente batizado como "América", inspiração trazida pelas cartas de Vespúcio.
O desenho foi ainda o primeiro mapa a detalhar a costa da África por inteiro, como também a posicionar corretamente o oceano Pacífico, ainda alguns anos antes que ele fosse percorrido por Vasco Nuñez Balboa e bem antes de Fernão de Magalhães. Também foi inovador ao mostrar com precisão a posição do Japão (denominado como Zipangi).
A sensação da obra foi tamanha que varias edições foram então distribuídas, dando início à moderna cartografia dos Mapas Mundi. Um destes originais foi vendido em 2003 pelo príncipe alemão Waldburg-Wolfegg, de Baden-Würtemberg, para a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, em Washington, pelo valor de US$ 10 milhões, ficando desde então exposto ao público no edifício Thomas Jefferson.

Fonte: www.terra.com.br

7 de jul. de 2007

Alguns elementos sobre teoria

Como algumas universidades, entre ela a UFSM (universidade federal de santa maria) estão inserindo algumas questões de teoria da história resolvi dar uma pequena ajuda. Aqui vai um resumo do resumo, apenas alguns pontos sobre os paradigmas "clássicos", mas sem sobra de dúvida vão ajudar um pouquinho na resolução dessas questões.

POSITIVISMO - Século XIX
principais características:

1. A sociedade é regida por leis naturais e invariáveis.

2. A sociedade pode ser assimilada epistemologicamente pela natureza e ser estudada pelos mesmos métodos das ciências da natureza.

3. As ciências da sociedade devem limitar-se à observação e à explicação causal dos fenômenos de forma objetiva e neutra. Não há teoria atrás dos fatos.

4. Tempo único (linear) e cronológico. Ordem e progresso. Causas e conseqüências.

5. Defesa dos interesses do poder. História dos heróis.

MATERIALISMO HISTÓRICO - Século XIX
principais características:

1. Estuda o desenvolvimento das sociedades em seu processo histórico através das relações mútuas entre todos os aspectos da vida social.

2. São os indivíduos reais, a sua práxis (ação e pensamento) e as condições materiais que realizam o processo histórico.

3. O tempo é visto de forma cíclico-circular.

4. A explicação da sociedade, além de partir da realidade concreta, se dá através da visão totalizante (infra e superestrutura). O modo de vida material determina as idéias.

5. Os agentes da história são as classes sociais em luta e constante transformação.

6. Três níveis de tempo no processo histórico: factual, conjuntural e estrutural.

ESCOLA DOS ANNALES - Século XX (1929)

1. Três níveis de tempo: curta, média e longa duração.

2. Concepção de história total.

3. Interdisciplinaridade entre a história e outras ciências.

4. Estruturas econômicas, sociais e culturais.

5. Fundamentação principal na história social (cotidiano, mentalidades, imaginário).

6. Relação com o marxismo.

7. História como ciência da mudança ou em construção.

8. A questão da história-problema.

Conteúdos necessários para qualquer prova de história do Brasil

1. Comunidades Primitivas

- sociedade sem estado;

- caçadores e coletores;

- produção de subsistência;

- situação do índio hoje.

2. Período pré-colonial

- Extração do pau-brasil

- Uso da mão-de-obra indígena – ESCAMBO

- Estanco Real (Monopólio da Coroa)

- Primeiras Feitorias

- Primeiras expedições

3. Colonização

- Martin Afonso de Souza - expedição colonizadora

- Cap. Hereditárias – descentralização e sistema privado de colonização

- Gov. Geral – centralização política e colonização centralizada

4. Economia açucareira

- Plantation - EXPORTAÇÃO – MONOCULTURA – LATIFÚNDIO – ESCRAVISMO

- Formação de quilombos – reação escrava

- Sociedade aristocrática, patriarcal, sem mobilidade social

- Durante a União Ibérica (1580 - 1640) ocorreu a invasão holandesa - Destaque para o Governo de Maurício de Nassau - adotou a política de Tolerância, Conciliação e Modernização da região

5. Economias complementares

- Pecuária – nordeste e sul

- Trafico negreiro

- drogas do sertão

6. Mineração

- Formação de uma sociedade urbana

- Controle metropolitano: Intendência das Minas e Casas de Fundição

- Tributos: Quinto e Derrama

- Uso da mão-de-obra escrava africana em larga escala

- Mobilidade Social

- Revolta Felipe dos Santos (1720) e Inconfidência Mineira (1789)

7. Processo de Independência do Brasil

- Influência Liberal (Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana)

- Vinda da Corte portuguesa para o Brasil – 1808 – abertura dos portos e 1810 com os tratados.

- 1820 - Revolução do Porto em Portugal. D. João retorna para a Europa mas deixa seu filho no Brasil

8. 1° Reinado:

- Constituição da mandioca (1823) NÃO é constituição;

- Constituição de 1824 - centralismo e poder moderador;

- Confederação do Equador;

- Crise econômica;

- Abdicação

9. Regência

- Centralismo

- Instabilidade política

- Ato adicional de 1834

- Revoltas:

Crise Econômica

Insatisfação popular

Autoritarismo do gov. central

10. 2° Reinado

- Café – Vale do Paraíba e oeste paulista (características de ambos)

- Transição do trabalho livre para o assalariado

1844 – Tarifa Protecionista Alves Branco

1845 – Lei Bill Aberdeen

1847 – Sistema de Parceria – imigração privada

1850 – Lei Eusébio de Queirós / Lei de Terras

1860 – Era Mauá

1865 – 1870 – Guerra do Paraguai

1870 – Imigração Subvencionada – imigração estatal

1871 – Lei do Ventre Livre

1885 – Lei dos Sexagenários

1888 – Lei Áurea

11. República Oligárquica

- Política do Café-com-Leite

- Política dos Governadores

- Coronelismo

- Fraude Eleitoral

- Greve de 1917

- Formação do PCB (1922)

- Semana de Arte Moderna (1922)

- Tenentismo

- Movimentos messiânicos – Canudos e Contestado

- Revoltas urbanas – Vacina e Chibata

12. Era Vargas (1930-1945)

- Populismo - Líder Carismático - Nacionalismo - Trabalhismo
Paternalista - Anti-comunista - Capitalismo não-dependente – Ambigüidade (Política para o povo, sem abandonar a elite).

- Governo Provisório (1930 -1934)

Amplos poderes, Interventores nos Estados, Conselho Nacional do Café, Revolução Constitucionalista de 1932.

- Governo democrático (1934-1937)

Constituição de 1934, AIB – Fascista, ANL – Socialista, Intentona Comunista, Plano Cohen.

- Estado Novo (1937-1945)

Constituição de 1937, Ditadura Civil de Vargas, Atrelamento Sindical, DIP – Censura, DASP – Burocratização, UNE – controle dos estudantes, Polícia Secreta, CLT, Salário Mínimo, Siderúrgica de Volta –Redonda, Companhia Vale do Rio Doce, participação na 2ª Guerra Mundial.

13. Crise do Populismo

- 1946 – 1951 - DUTRA: Alinhamento com os EUA (Plano Salte)

- 1951 - 1954 - VARGAS: Nacionalismo, Trabalhismo, Populismo agora dentro de um novo contexto: Guerra Fria è Suicídio

- 1956 - 1961 - JK: “O presidente Bossa Nova” - Nacional Desenvolvimentismo, Construção de Brasília, Programa de Metas è Internacionalização da Economia è Aumento da miserabilidade no Brasil.

- 1961 - Jânio Quadros: Política Externa Independente è Renúncia

- 1961 - 1964 - João Goulart : Parlamentarismo (1961 - 1963) è Nacionalismo = REFORMAS DE BASE

- Golpe Militar (1964)

14. Ditadura militar

- Apoio dos EUA

- Tortura - Lei de Segurança Nacional, DOPS, CCC, DOI-CODI, AI – 5

- Censura - Lei de Imprensa

- Centralismo

- Milagre Econômico Brasileiro = Crescimento Falso èContradições do Regime Militar

- Com Costa e Silva e Médici - Linha Dura

- Com Geisel e Figueiredo Abertura Democrática

obs.: uma prova inteligente de história termina aqui, mas podemos seguir adiante...

15. Nova democracia

- Sarney (1985 – 1990)

  • Redemocratizou o Brasil
  • Planos Econômicos

- Collor (1990 – 1992)

  • Implantou o Neoliberalismo
  • Caçador de Marajás
  • Plano Collor
  • Impeachment
  • Importações

- Itamar Franco (1992 – 1994)

Coalizão Política

Plebiscito

Plano Real

Fome - Betinho

- FHC (1994 – 2002)

Sustentou o seu governo no Plano real

Privatizações

Conflitos com o MST.

- LULA (2003 ...)

Descontentamento canalizado para um líder de esquerda

Conter a inflação, Reformas, Juros e o sonho do conselho de segurança da ONU

Lula tenta fazer com que o Brasil se torne um líder dos países em desenvolvimento

Campanha Fome Zero

Corrupção e 2° mandato.