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18 de set. de 2011

Aumento do numero de vereadores

Quando estava na faculdade, certa vez, em um irntervalo, o profº Gilvan me deu um livro (talvez ele nem se lembre disso, mas eu sim) chamado "A Desobediência Civil" de Henry David Thoreau, que é considerado o pai-fundador do anarquismo. Largou o convívio com a humanidade e se tornou um eremita, vivendo em uma cabana no meio da floresta no Estado de Massachusetts, no entanto, acabou por ser preso por sonegação de impostos. A partir desse momento Thoreau resolveu escrever esse livro que anos mais tarde auxiliou Gandhi a acabar com a presença inglesa na Índia. Como não ler e gostar dessa história.
Relendo esse livro me veio algumas ideias que hoje se fazem presentes. Logo nas primeiras linhas aparece "o melhor governo é o que menos governa" ou "...que absolutamente não governa" enfim, mesmo levando em consideração que uma sociedade sem governo nesse momento seria um tanto complicado, uma utopia interessante, mas talvez impraticável, acredito que o liberalismo da primeira sentença seja interessante. Mas mais que isso é que se temos um governo mesmo que incoveniente, ele deve acatar as decisões do seu povo e não o contrário. Thoreau cita, "a grande maioria dos homens servem ao Estado desse modo, não como homens mas como máquinas, com seus corpos (...) na maioria dos casos não há um exercício seja do discernimento ou do senso moral, ele simplesmente se colocam ao nível da árvore, da terra e das pedras."
Pois bem, o que percebemos em Santa Maria - RS, os nossos representantes, vereadores, edis da casa do povo, simplesmente estão deixando de lado as manifestações de boa parte da população da cidade que não está agindo como "árvores, terras e pedras", muito pelo contrário. Um exemplo disso é o texto de Denise Silva Nunes e Lucas Saccol Meyne, ambos acadêmicas de Direito na ULBRA http://adedeycastro.com/2011/09/12/nao-ao-aumento-do-numero-de-vereadores-em-santa-maria-rs/ onde fica bem claro a posição desses estudantes, que pensam assim como muitos. Donas de casa, professores, estudantes, empregados e empresários, enfim eleitores. Mas o que parace é que os nossos representantes não têm acesso a essas informações afinal de contas dos 14 verreadores, 10, isso mesmo 10, aprovam o aumento no numero de cadeiras do legislativo municipal contrariando o desejo de parte dos eleitores e segundo alguns vereadores, seguindo determinações dos partidos a que pertencem. Absurdo!
Políticos brasileiros, alguns é claro, não são todos, é lógico, possuem um grande problema, uma enorme dificuldade de diferenciar o que público do que é privado. Deixem de pensar em suas questões privadas e passem a pensar (e realizar, é claro) aquilo que interessa a cidade e população. A demagogia pura e descarada rola solta na Vale Machado